segunda-feira, janeiro 02, 2006

Untitled - Soneto de Amor, Soneto de Dôr

Abro o coração, escorre toda a cor;
Abri minh'alma, mas só eu fiquei...
Seco'sangue ao Sol: em pó me tornei;
Choro e lama sou, morro sem calor.

É assim que se fica o meu amor:
Feito nada quando tudo lhe dei;
Amei seco, pois nada respirei...
Olhos de nuvem, exprimindo a dor.

És a luz que faz todo céu brilhar:
Céu de verão, sem nunca escurecer;
És todo o ar que quero respirar:

Quem é que te fez? Teu eu quero ser!
Toda minh'alma quer a ti amar...
E meu coração... quer te pertencer.